A origem dos jogos paralímpicos

Em 1944, o governo britânico convidou o médico neurologista Ludwig Guttmann para cuidar de veteranos e veteranas da Segunda Guerra Mundial. As pessoas voltavam com traumas: físicos, emocionais ou psicológicos. O doutor fundou um centro especializado em lesões na coluna vertebral na Grã-Bretanha e usou o esporte como reabilitação para pacientes.

Ele acreditava que a atividade física fortalece a autoestima. A prática de esportes é uma forma natural do corpo criar resistência.

Os jogos de Stoke Mandeville

Na abertura dos jogos olímpicos de Londres em 1948, Gutmann organizou a primeira competição para pessoas com cadeiras de rodas - os jogos de Stoke Mandeville. Militares com algum tipo de sequela se inscreveram para o torneio de tiro com arco. Em 1952, militares holandeses se juntaram aos jogos paralímpicos. 

Os primeiros jogos paralímpicos

A primeira competição para pessoas com deficiência foi realizada em Roma em 1960 com a participação de mais de duzentos paratletas de vinte e três países. Em 1964, a Organização Internacional de Esportes para Deficientes pensava sobre a inclusão de pessoas com deficiência nas atividades esportivas. Em 1989, foi fundado sem fins lucrativos na Alemanha responsável pelo Movimento Paralímpico.

Os jogos paralímpicos de Paris

São 168 delegações com 4.400 atletas de diferentes países que também incluem pessoas refugiadas. As modalidades são:

Delegação brasileira

A delegação brasileira participa no atletismo, natação, vôlei sentado (masculino e feminino), goal ball (masculino), futebol de cegos, ciclismo, canoagem, remo, taekwondo, tiro esportivo, tiro com arco, bocha e tênis de mesa. Até agora, o Brasil ganhou 35 medalhas.

Como as paralimpíadas podem inspirar as crianças 

A infância é um momento recheado de descobertas e desafios, por isso também é importante pensar nas crianças com deficiência e proporcionar um desenvolvimento saudável, garantindo um bom futuro para as novas gerações.

Segundo a UNICEF

Todas as crianças, incluindo aquelas com deficiência, devem ter uma palavra a dizer nas questões que afetam sua vida e ter a oportunidade de realizar seu potencial e reivindicar seus direitos.

Histórias que inspiram

Petrucio Ferreira sofreu um acidente com uma máquina aos dois anos e perdeu uma parte do braço esquerdo. Em 2019, foi o atleta paralímpico mais rápido do mundo nos 100 metros.

Antonio Tenório foi atingido por uma semente de mamona aos treze anos e teve um descolamento de retina e depois perdeu totalmente a visão. Ele já era atleta desde os oito, e então precisou se adaptar como atleta paralímpico. 

O esporte como resistência

O esporte transforma a mente e o corpo, cria disciplina, resistência e superação. A atividade física não deve ser vista como uma obrigação da sociedade do bem-estar, e sim para criar consciência corporal e fortalecer as emoções. O incentivo a prática de esportes na infância pode transformar histórias e realizar sonhos. 

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