É dentro do ambiente familiar que as crianças constroem seus primeiros hábitos e valores. Posteriormente, elas são inseridas em grupos sociais como a escola, onde suas orientações passam a ser obtidas, também, por meio de colegas e professores. A partir de então, escola e família conduzem o principal núcleo de referências de uma criança/adolescente.
Assim, a ação complementar de pais e professores tem grande influência na formação dos valores morais das crianças. Isto é, existe uma grande responsabilidade dessa confluência para o futuro da sociedade como um todo. Ambos devem se apoiar mutuamente para colocar em prática uma missão tão profunda, múltipla e desafiadora que é a educação.
Incluir bons hábitos no aprendizado das crianças e dos adolescentes é um passo fundamental para ensiná-los valores como disciplina, equilíbrio, resiliência, iniciativa e discernimento. O ensino de qualidade de Português, Ciências, Matemática, História e outras matérias é o mínimo que se espera de um colégio. Entretanto, acompanhar no cotidiano a evolução da formação de valores e virtudes das crianças e adolescentes é um trabalho muito significativo para o futuro deles.
Valores morais e a escola
Os valores morais dos ambientes sociais que vivenciamos vão nortear o nosso comportamento desde pequenos. Posto isto, o exemplo dos adultos e o reforço positivo são determinantes para a escolha desses valores. Se os valores morais se referem a um conjunto de princípios que norteiam o comportamento, eles certamente serão aprendidos na escola.
Bons hábitos x conectividade
Com a popularização dos smartphones, inevitavelmente, acessar a Internet se tornou um hábito que faz parte da rotina das pessoas de todas as idades. O bom uso da Internet e a dificuldade de conseguir se desconectar de um mundo virtual totalmente entrelaçado com a vida pessoal e profissional são os grandes desafios da contemporaneidade. Os jovens, que desde muito pequenos têm à disposição o celular conectado, vivem as recompensas e os impactos negativos dessa praticidade.
De acordo com a pesquisa, o uso da Internet por crianças e adolescentes é predominantemente domiciliar: 92% da população investigada acessa a Internet de casa e 83% da casa de outras pessoas. Na escola, o acesso foi reportado por 32% dos entrevistados.
Uma outra pesquisa, realizada em Flandres, na Bélgica, com 1.656 estudantes de 13 a 17 anos, apontou que o uso de dispositivos eletrônicos à noite é prática recorrente entre os adolescentes e está diretamente relacionado ao aumento do nível de cansaço desses jovens.
Como proceder para que o celular não se torne um hábito ruim?
O problema é que o ciclo gatilho/ação/recompensa com o celular se transforma em um hábito rapidamente.
Como o celular está diretamente ligado ao mundo acadêmico e ao entretenimento dos jovens, a tarefa para pais e educadores não é nada fácil. Assim, é essencial que o jovem aprenda desde cedo o quanto, quando e como usar um aparelho que é tão útil em nossas vidas.
Primeiro, é preciso identificar os sinais que iniciam o ciclo do hábito que precisa ser rompido, isto é, que levam à distração em situações de estudo ou que requeiram alto nível de concentração. Segundo, é imprescindível treinar o cérebro através da prática para interromper o principal gatilho mental que leva ao celular, por exemplo, retirar o som e a vibração do smartphone nos momentos de estudo.
Desse modo, cabe aos pais definirem horários, de preferência com a participação dos filhos, que contemplem, primeiramente, os compromissos escolares e, depois, os demais interesses que envolvam o uso da Internet. A Internet pode ser um problema na vida de todos da família, isto é, não é restrito aos jovens. Por isso, é importante que pais e filhos conversem sobre, treinem juntos, ajudem uns aos outros para que o celular, o tablet e o computador não sejam vilões dos bons hábitos.
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