A inatividade física perpetua um ciclo perigoso

Crianças inativas têm maior tendência a se tornarem adultos inativos. Posteriormente, a inatividade física aumenta os períodos de doenças e enfermidades. Talvez o mais perigoso de tudo seja o fato de os pais fisicamente inativos transmitirem estes mesmos padrões a seus filhos.

EM DIVERSOS PAÍSES, A INATIVIDADE FÍSICA TORNOU-SE “NORMAL”. A PESQUISA MOSTRA QUE ISSO NÃO É SUSTENTÁVEL DO PONTO DE VISTA FÍSICO, SOCIAL E ECONÔMICO.

Dos 9 aos 15 anos, a atividade física de nível moderado a vigoroso entre as crianças norte americanas diminuiu 38 minutos por ano. Estudos na Europa e nos Estados Unidos revelam que há uma desigualdade de gênero aos 9 anos, quando os meninos são mais ativos que as meninas. Aos 15 anos, a atividade de nível moderado a vigoroso entre as crianças europeias cai pela metade em relação aos níveis dos 9 anos(uma queda de 48 por cento para meninos e de 54 por cento para meninas) Para as crianças norte-americanas, a redução é de 75 por cento entre as idades de 9 e 15 anos.

Um estudo com jovens chineses mostrou que, em média,as crianças praticam atividade física de nível moderado a vigoroso apenas 20 minutos por dia na escola. Além disso, 92 por cento delas não praticam qualquer atividade física fora da escola. Isso é perigoso para o futuro das crianças.

Crianças fisicamente inativas têm uma tendência maior a adquirir níveis mais elevados de massa de gordura e apresentam rendimento acadêmico inferior, aos seus colegas fisicamente ativos. Na vida adulta, isso gerará problemas em sua saúde e diminuirá o potencial de ganho salarial em sua vida profissional. Seus empregadores arcarão com isso na forma de maiores custos com planos de saúde e com pelo menos uma semana por ano de produtividade perdida devido ao absenteísmo. Em diversos países, a inatividade física tornou-se “normal”. Os custos humanos e econômicos relatados anteriormente neste capítulo sugerem que a inatividade física não é sustentável do ponto de vista físico, social e econômico.

A figura abaixo ilustra os efeitos negativos acumulados durante uma vida inativa desde os primeiros anos.

OBS.: A ilustração acima é baseada em estudos selecionados de vários países. Sua intenção é ilustrar o potencial impacto da atividade física ao longo da vida,
mas ela não envolve todas as descobertas em todos os países. Além disso, apesar de muitos dados serem especificamente sobre a atividade física, algumas
notações se referem a resultados associados à obesidade. Estas estão marcadas com um asterisco. Enquanto a inatividade física é um fator de risco significante
para a obesidade, certamente não é o único. Além disso, é importante notar que a inatividade física é prejudicial à saúde e ao bem-estar, mesmo para
indivíduos considerados normais ou abaixo do peso.

O Brasil é conhecido por seu amor pelo esporte. futebol, basquete, vôlei ou qualquer outra modalidade – o mundo sabe que somos apaixonados e vitoriosos. Para um país que vive e respira o esporte, é preocupante o aumento do sedentarismo e queremos mudar esta realidade.


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